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Por mais janelas ou mais paredes?


Ano passado, fiz muitas viagens e li muitas ruas. Viagens internas e externas. A trabalho, a passeio, a reboque da alma. E foi numa dessas viagens, a uma das queridas cidades de Minas Gerais, que, de repente, me deparei com um outdoor anunciando uma consultoria e curso de preparação para porte de armas. Um outdoor num local onde, tradicionalmente, são divulgados cursos de faculdade e colégios. Logo que vi a imagem fiquei pensando: o que é que andamos reverberando e vibrando no mundo? Quais são as sementinhas que estamos plantando nesse terreno humano fértil? Quais formações têm sido valorizadas como importantes no contexto político atual? A arma é um instrumento que tem como principal premissa ferir, e se relacionar com o outro, de uma forma violenta; é contra tudo o que acredito, por sua essência. Já dizia Ruth Bebermeyer que “as palavras são janelas ou são paredes”. Assim considero que sejam as imagens. Podem ser janelas ou paredes. Interpreto essa imagem como um tijolo potente para uma parede, ou quiçá, um muro grande. Um muro que escancara a nossa dificuldade, cada vez maior, de tornar a palavra um instrumento de ordem no nosso dia a dia. E diante dessa dificuldade, vestimos as nossas máscaras, colocamos o nosso melhor batom, e vivemos na superficialidade, onde é, aparentemente, mais fácil, conviver com o outro. A palavra é um instrumento poderoso utilizado de uma forma inteligente na Comunicação Não Violenta. Ela nos dá repertório e nos possibilita acurar a nossa escuta, quando, artesanalmente, provocada. Acredito nisso e trabalho para que isso possa fazer sentido para outras pessoas também, de forma a transformar o mundo num celeiro de compaixão e abundância de felicidade. Ao nos comunicarmos de uma maneira não violenta, estimulamos a expressão de nossa humanidade. Hoje, ao voltar à cena do outdoor, não sei precisar qual foi o impacto para as demais pessoas que o viram. Para mim, foi um sentimento de grande tristeza porque acredito que a natureza nos ensina que o que colhemos, plantamos. O que é estamos plantando ao escancarar a violência numa roupagem de defesa? Te convido a fazer brotar outros jardins: de conexão, confiança, empatia e, por quê não, de alegria.

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